PORQUE VOCÊ PRECISA DE UM DETOX DIGITAL?
É muito confrontador viver conectado sendo alguém que deseja ter uma vida valiosa e ao mesmo tempo quer/precisa mostrar o seu trabalho nas redes sociais.
Será que é possível ter uma relação mais saudável com as redes sociais?
A internet nasceu em 1969 e o Brasil teve acesso em 1994. Por mais que ela não seja uma descoberta tão recente, a velocidade dos seus avanços tem acontecido de forma surpreendente. Lembro como se fosse hoje quando vi o primeiro IPHONE bem enfrente aos meus olhos. Ele era da minha irmã, tinha uma tela brilhante e colorida, apenas um botão e o mais absurdo para mim:
ELE TINHA ACESSO À INTERNET!
Eu que sou do tempo do telefone residencial, do celular cebolão e da internet discada, fiquei boquiaberta com este dia e jamais imaginei( e olha que minha imaginação é boa), ver este aparelho acessível e disponível para tantas pessoas em tão pouco tempo.
É meus amores, o tempo voa e esta velocidade tem nos causado vertigem não é mesmo? A preocupação é tanta que tem sido foco de estudos de muito profissionais da saúde cerebral nos dias de hoje.
Para você ter uma ideia, mais de 75% da nossa população tem acesso à internet e 5 bilhões de pessoas são usuários ativos de alguma rede social. E mesmo diante de tantos impactos positivos que a internet trouxe para nossas vidas:
Divulgação do nosso negócio, possibilidade de expressões criativas, oportunidades de divulgação da nossa marca, interações e conexões sociais facilitadas, acesso à informações e inspirações em questões de segundos.
Os pontos negativos não podem passar em branco, precisamos refletir com cuidado para estes impactos em nossa saúde cerebral.
Para você ter uma ideia, segundo pesquisas, o Brasil é o segundo país mais conectado do mundo. Gastando em média 9 horas e 32 minutos por dia ( é muitas coisa né?). Mas ainda mais preocupante que o tempo de tela, é a quantidade de estímulos que estamos recebendo por dia.Segundo a DOMO 2023: A cada minutos no mundo, mais de 2003 de e-mail são mandados, mais de 16 milhos de mensagens são enviadas pela internet e mais de 347K de tweets são publicados,
Esses estímulos que recebemos moldam nossos comportamento, pensamentos, emoções e comportamentos.
Um dos pontos mais importantes a ser observado é o distânciamento social. Somos seres sociáveis e estamos desaprendendo a praticar o convívio presencialmente.
Recentemente, tive o prazer de ser contratada para assinar um projeto para o Sicredi, um espaço de Relaxamento baseado em Neuroarquitetura para estudantes da Universidade Federal do Pampa-RS com o obetivo de incentivar momentos de convivência entre alunos que por conta da pandemia, se sentem desconfortáveis em socializar e ter momentos em grupo. Deixarei o link do vídeo deste projeto no final deste post.
Iniciativas como estas são cada dia mais importantes para a conscientização do impacto do uso excessivo de telas em nossas vidas.
Ao se permitir das pausas você vai perceber que não irá perder praticamente nada, terá muito mais tempo pra você, reduzirá a ansiedade e recuperará sua criatividade e capacidade de produzir mais e melhor. E principalmente tenha muita clareza de que o universo da internet também é um ambiente, assim como a sua casa, ou seu espaço de trabalho. Não conseguimos viver em um lugar entulhado de coisas e bagunçado certo? Então como conseguimos passar tantas horas mergulhados em um ambiente repleto de estímulos e informações como as plataformas digitais. É de se pensar né?
O grande dilema das redes é que ele é um ambiente altamante dopaminérgico, com recompensas infinitas e de grande reforso social ( curtidas, likes, interações) e para o cérebro é muito viciante esta recorrência de doses de prazeres aliádos a pouco esforço. Logo, negociar com ele para trocar o uso de telas por atividades mais saudáveis não é uma tarefa fácil. A menos que, consigamos oferecer algo que é natural para nós seres humanos e tão poderosos a ponto de vencer esta batalha é a adoção de atividades manuais como práticas criativas ( pintura, desenho, escultura).
No documentário O Dilema das Redes, Harris e Fernando expõem essa questão, profundamente ligada à chamada "economia da atenção" — como as empresas monetizam nossa atenção por meio das redes sociais e outras tecnologias digitais. E nossa atenção, que é finita, acaba sendo sugada pelo excesso de informação disponível.
“ As plataformas que deveriam estar proporcionando desenvolvimento e conexão, podem na verdade, estar alimentando uma crise de saúde mental.” Royal Society for Public Health, 2017.
“De tanto discutir sobre quando a tecnologia iria superar nossas habilidades, não percebemos que as máquinas estavam focando em conhecer nossos pontos fracos.” Disse Lucía Blasco, em artigo para Role,BBC News Mundo.
Esta é a base de um conceito que está na moda no Vale do Silício, conhecido como human downgrading (degradação humana).
Eu levanto a bandeira desta conscientização há alguns anos já e luto diariamente para ter uma relação saudável com as redes mesmo sabendo que não é uma tarefa fácil.
E sei que você, utilizando as telas de aparelhos eletrônicos diariamente para trabalhar, criar para a sua marca ou até mesmo se inspirar, em algum momento se sente esgotado mentalmente, com falta de atenção e com vontade de desligar um pouco dessa hiperestimulação diária. Acertei?
Pensando nisso, eu criei o Movimento Menos Telas, Mais Tintas. Um workshop criativo que tem como o objetivo incentivar a conscientização do uso moderado de telas de aparelhos eletrônicos e promover paradas periódicas em grupo para conectar com a essência criativa que é natural para todos nós.
Aí vão algumas dicas para desconectar:
1)Troque o despertador do seu celular por um despertador físico,
2) Faça um detox semanal, experimente ficar off no final de semana,
3) Coloque limite de tempo no seu aplicativo,
4) Faça um limpa nas suas redes sociais, filtre conteúdos que você expôe seus olhos e a sua mente,
5) Participe do Encontro Menos Telas, Mais Tintas comigo nos dias 30/11 na Vinícola Peruzzo em Bento Gonçalves-RS ou dia 14/12 na Vinícola Peruzzo em Bagé-RS.
Outros Links e temas relacionados ao assunto:
Documentário da Netflix: O Dilema das Redes.
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